Lá estava ela, toda orgulhosa e ansiosa, pronta para ver a minha irmã mais velha se apresentar com o coral da cidade no auditório de uma faculdade. Eu tinha uns 2 anos e meio e me lembro bem da cena: Todos nós chegando atrasados e sentando lá na fente, na segunda fileira - o único espaço vago.
Até aí tudo bem. Só que eu tinha um ligeiro problema chamado MEDO! Eu morria de medo de máquinas fotográficas (em particular dos flashes) e também de barulhos altos. E adivinha o que tínhamos ali? Muitos fotógrafos e, é claro, o coral com umas 50 vozes! Já comecei a ficar emburrada...
Minha irmã estava bem no meio do coral, na primeira fileira, vestida com uma roupona preta (que hoje eu sei que se chama béca) e isso também me assustou. Ela me deu um tchauzinho antes de começar. Fiquei feliz! Mas depois que o coral começou a cantar eu dei muitos tchauzinhos e ela simplesmente não me respondeu! É claro que eu não entendi que ela não poderia acenar feito uma louca enquanto cantava...
Só sei que aquele lugar se tornou apavorante pra mim e fiz o que toda criança faz muito bem: comecei a chorar. Não, esse não é bem o termo. Comecei a berrar, a berrar muito forte, em alto e bom som.
Final da história: Minha doce mãezinha teve que sair do auditório logo na primeira música. Perdeu a maravilhosa e tão esperada apresentação de minha irmã, mas ganhou a minha eterna gratidão! Ela me salvou!
Tadinha da D Florinda hein Dry...kkkkkk
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