terça-feira, 11 de junho de 2013

Ser mãe é padecer no paraíso!

Como o dia das mães foi esses dias, nada melhor do que contar uma historinha envolvendo a minha...

Lá estava ela, toda orgulhosa e ansiosa, pronta para ver a minha irmã mais velha se apresentar com o coral da cidade no auditório de uma faculdade. Eu tinha uns 2 anos e meio e me lembro bem da cena: Todos nós chegando atrasados e sentando lá na fente, na segunda fileira - o único espaço vago.

Até aí tudo bem. Só que eu tinha um ligeiro problema chamado MEDO! Eu morria de medo de máquinas fotográficas (em particular dos flashes) e também de barulhos altos. E adivinha o que tínhamos ali? Muitos fotógrafos e, é claro, o coral com umas 50 vozes! Já comecei a ficar emburrada...

Minha irmã estava bem no meio do coral, na primeira fileira, vestida com uma roupona preta (que hoje eu sei que se chama béca) e isso também me assustou. Ela me deu um tchauzinho antes de começar. Fiquei feliz! Mas depois que o coral começou a cantar eu dei muitos tchauzinhos e ela simplesmente não me respondeu! É claro que eu não entendi que ela não poderia acenar feito uma louca enquanto cantava...

Só sei que aquele lugar se tornou apavorante pra mim e fiz o que toda criança faz muito bem: comecei a chorar. Não, esse não é bem o termo. Comecei a berrar, a berrar muito forte, em alto e bom som. 



Minha mãe, desconcertada, tentava me fazer ficar quietinha, mas eu não parava. Eu queria sair dali o mais rápido possível!!! Até que o inevitável aconteceu.O regente do coral deu uma olhada pra trás, em nossa direção, com a cara mais brava que eu havia visto em toda a minha longa vida!!! Que medo!!! Berrei mais alto ainda!!

Final da história: Minha doce mãezinha teve que sair do auditório logo na primeira música. Perdeu a maravilhosa e tão esperada apresentação de minha irmã, mas ganhou a minha eterna gratidão! Ela me salvou!

Um comentário:

Valeu!